A Rússia voltou a declarar que está disposta a manter negociações com a Ucrânia, desde que os diálogos se realizem sob condições que considere realistas e alinhadas com a situação concreta no terreno. O presidente Vladimir Putin frisou que Moscovo não pretende participar em conversações baseadas em expectativas ilusórias ou promessas vazias, salientando que qualquer entendimento precisa reconhecer a realidade geopolítica e militar existente.
Apesar da continuidade do conflito, o governo russo diz manter a porta aberta para um possível acordo que possa garantir a segurança e os interesses estratégicos do país. Ao mesmo tempo, Angola, através do presidente João Lourenço, reiterou seu compromisso com a defesa da paz e com o papel de mediador no cenário internacional.
O líder angolano tem insistido na importância de promover um diálogo direto não só entre Moscovo e Kiev, mas também envolvendo os Estados Unidos e a NATO, considerando fundamental que todas as partes se sentem à mesa para negociar um cessar-fogo que ponha fim à violência e crie condições para uma paz duradoura e sustentável.
Segundo João Lourenço, persistir no confronto militar apenas aumenta o sofrimento humano, provoca instabilidade global e ameaça a segurança internacional. Angola defende que somente uma solução diplomática poderá satisfazer os interesses de segurança de ambas as nações em conflito e contribuir para o equilíbrio geopolítico na Europa e no mundo.
Mesmo em meio a desconfianças mútuas e acusações recíprocas, há vozes que continuam a apelar ao diálogo como a única via legítima e segura para resolver o impasse, evitando novos episódios de destruição e tragédias humanitárias que têm marcado a guerra desde 2022.
O cenário ainda permanece tenso, mas cresce a pressão internacional para que tanto Rússia quanto Ucrânia aceitem negociar termos que possam, finalmente, restabelecer alguma estabilidade na região.